sexta-feira, 26 de setembro de 2008

terça-feira, 23 de setembro de 2008

a vida não pára não

acho que ainda não aprendi a lidar bem com a morte... se houvesse a certeza do depois, acho que tudo seria muito mais fácil... mas isso não existe, a certeza.... existe a fé e o medo do desconhecido.... bom, não quero entrar mais no assunto, apenas dizer que uma pessoa muito querida está indo embora, não sei pra onde, e espero que vá em paz, suavemente.....

ano passado tb perdemos alguém... um anjinho de olhos azuis de 85 anos chamado Júlia.... espero que se encontrem no mesmo lugar.... tão bom acreditar nisso....

uns que vão, outros que chegam... é o ciclo da vida, que não pára, nunca.....



a foto aí embaixo parece, mas não foi tirada aqui em Floripa..... foi tirada em Caraguá (SP), em frente à casa onde meu amor passou todos os verões de sua infância e onde foi muuuuito feliz... voltamos para lá em dezembro/2007 e a emoção foi grande....

lugares e pessoas que não voltam mais.................

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

F I A S C O

Sei que já devo ter falado de Elizabethtown por aqui... Não consigo me lembrar! rs
Mas gosto TANTO desse filme, que com certeza ele já foi citado nessas linhas...


Pra mim esse filme é uma pequena obra prima do Cameron Crowe, lidando com a morte de uma forma poética e com a vida de uma forma libertadora... ADOROOOO!!!

Essa cena aí embaixo, a da famosa "road trip" do final, é literalmente uma viagem... Imperdível!



Cameron Crowe começou como jornalista de rock, ainda no 2o grau... ganhou os primeiros vinis de rock da irmã mais velha, ainda criança, quando essa fugiu de casa aos 18 anos... ela lhe deixou os vinis e um bilhete dizendo para ouvir uma faixa do The Who de trás pra frente... hehe... isso foi o suficiente para abrir a sua cabecinha para o mundo mágico do rock... onde ele mergulhou de cabeça, trazendo muitos anos depois, para os seus filmes, as mais inspiradas trilhas sonoras....

Lá embaixo estão algumas das faixas impecáveis desse filme singular... Pra assistir (e ouvir) uma vez e se apaixonar pra sempre....

P.S.: Quem já assistiu sabe o que significa aquela palavrinha do título lá em cima... :-P

P.S. 2: Desculpem pela dublagem em italiano do vídeo, mas foi o único que encontrei no YouTube.... :-(








segunda-feira, 15 de setembro de 2008

"Caminhante, não há caminho. O caminho se faz ao caminhar."

(Antonio Machado - 1875/1939)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Heaven, I'm in Heaven..........

Certas coisas parecem estar gravadas em nosso DNA, seja pela maneira como mexem com a gente, seja por parecer terem sido feitas sob encomenda, do nosso tamanho exato...

Me sinto assim em alguns lugares, com algumas pessoas, mas principalmente com a música, a trilha sonora da minha vida....

Uma parte muito importante e querida dessa trilha diz respeito aos velhos musicais americanos e compositores como Cole Porter, George Gershwin e Irving Berlin, todos amados pela Dona Miriam, aquela responsável pela metade cultural do meu DNA... :-P

Dentre tantas canções perfeitas, acabo de ouvir uma que me dá um nó na garganta sem eu mesmo saber porque.... "Cheek to Cheek", de Irving Berlin.... Deve vir de alguma memória tão distante, que nem é mais consciente... Vai ver fui embalada ao som de: "Heaven, I'm in Heaven... And my heart beats so that I can hardly speak... And I seem to find the happiness I seek... When we're out together, dancing cheek to cheek..."

Just perfect!


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

The times they are a-changing

Sabe como e quando percebo que já não tenho mais 18 anos????

Quando brinco de dança das cadeiras no aniversário de 1 aninho da filha de uma amiga, e entre as 3 finalistas, literalmente "peço pra sair" porque estou sentindo tonturas.....

Quando gosto de ter a certeza de que haverá lugares para eu me sentar durante um show, porque ficar em pé durante 3, 4, 5 horas, como fazia na época dos Hollywood Rock da vida, já não dá pra mim.... Mesmo porque naquela época eu só usava tênis....

Sempre fui muito moleca, e hoje em dia, quando exagero na molecagem, no dia seguinte meus músculos e articulações me lembram disso....

Quando a minha comida preferida é a japonesa..... tão levinha, cai tão bem, não é mesmo?? Aos 15 eu devorava 5 risolis, 1 guaraná e 1 tijolinho de sorvete (alguém lembra desses tijolinhos?? hehe) e me sentia super bem, além de não engordar 1 grama....

Quando acho impossível resistir a mais de 2h de música eletrônica altíssima vibrando na minha cabeça.... Hoje, mais do que nunca, amo os pubs....

Quando a idéia de "rave" me parece tão idiota e sem sentido quanto passar a noite toda e parte do dia seguinte no meio do mato, vendo as pessoas tentando se divertir, enchendo a cara de bebida, cigarro e "doces", passando mal depois, todos acabados, sem glamour nenhum, e ainda sair falando que foi a "experiência da sua vida"..... ai ai

Quando já perdi a ilusão estúpida da adolescência de que podemos ser alguém na vida sem conhecimento, sem estudo, sem leitura, sem dedicação....... Quem continuou pensando assim, mesmo não tendo mais 15 anos, continua vivendo como se tivesse essa idade..... Vive na casa dos pais, não tem carro ou emprego decente e está sempre sem grana para levar uma vida digna.... Desperdício total....

Quando tô sem paciência pra social com quem definitivamente não vale o esforço....

Quando acho que sempre poderia fazer mais e melhor..... Quando tenho urgência de aprender mais, de viajar mais, de ser mais....

Quando crianças deixaram de ser "pentelhas" e passaram a ser um sonho bom e bem próximo de mim.... Quando já me sinto preparada para compartilhar com elas o que sou e o que sei....

Quando, finalmente, minhas revistas preferidas passaram a ser, na ordem, desde os primórdios da minha leitura infantil até hoje............

  • Gibis da Turma da Mônica
  • Gibis e Rev. Capricho
  • Gibis e SET
  • Gibis e BIZZ
  • Gibis e Nova Cosmopolitan
  • Gibis e Criativa
  • Gibis e Veja
  • Gibis e Rolling Stone
  • Gibis e SuperInteressante
Pelo menos vejo que a Ana Paula guriazinha pentelha continua aqui dentro.... seja porque nesses anos todos de leitura não deixou de amar os gibis da Turma da Mônica, seja porque ainda A-M-O os parques de diversão, onde sou capaz de passar dias inteiros e me esquecer de tudo lá fora.....

Bom, e no amor...... nisso continuo sendo a mesma, grazia Dio!! Continuo querendo qualidade e não quantidade.... continuo querendo passar o meu tempo ao lado de quem me faça sorrir, me divertir, aprender.... com quem eu me sinta segura e aconchegante... que me faça querer ser sempre melhor, dar sempre mais de mim.... é assim que sou feliz.... aos 15 ou aos 32, certas coisas nunca mudam...... :-D

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

SOBRE AS OLIMPÍADAS DE PEQUIM

Não sou a maior das fãs dos esportes... Eles não me comovem, não mexem comigo.... Não perco tempo assistindo, torço (mesmo que sem grandes emoções) pelo time de futebol do coração do meu marido (o Parmera, porra meu!!!) e simpatizo com o Leão da Ilha, o Avaí (é, assim mesmo sem H, né Ju!!!) time do coração das amigas Letícia e Juliana.... E é só!!!!

Mas concordo e assino embaixo do texto do Gustavo Ioschpe, que lí na Veja dessa semana.... Gostei tanto que compartilho aqui com vocês.... Para refletir...........


REVISTA VEJA - 03/09/08
GUSTAVO IOSCHPE

PREPARADOS PRA PERDER

"No mês de julho, foram disputados outros Jogos Olímpicos: os escolares. Tivemos as Olimpíadas de Química, Física, Matemática e Biologia. Das 142 medalhas de ouro distribuídas nessas competições, o Brasil ganhou... zero."

O Brasil foi excepcionalmente bem nos últimos Jogos Olímpicos. Com catorze medalhas de ouro, ficamos em 14º lugar – destaque para o nadador Clodoaldo Silva, seis ouros. Infelizmente falamos da Paraolimpíada de Atenas, já que na última Olimpíada convencional o Brasil teve desempenho pífio: três ouros, 23ª posição, atrás de países como Jamaica, Quênia e Etiópia. Creio que essa diferença de performance entre os dois tipos de competição não seja totalmente acidental.

As razões costumeiras não parecem explicar bem os motivos do nosso fracasso. O primeiro vilão apontado é a nossa pobreza. Mas o Brasil é hoje a décima economia do mundo, não a 23ª.

A segunda razão comumente apontada é o pouco investimento em esporte no país. Em 2008, não foi o caso. Segundo a Folha de S.Paulo, apenas o governo federal investiu 1,2 bilhão de reais em esportes olímpicos desde Atenas. Sem incluir o orçamento de fontes próprias do COB, esse valor significaria um custo de 400 milhões de reais por ouro. O custo do Comitê Olímpico americano – financiado basicamente sem dinheiro público – foi de 32 milhões de reais por ouro.

A impressão que ficou de nossos atletas é que seus fracassos se deveram mais a questões psicológicas do que financeiras ou estruturais. E isso importa não por causa da Olimpíada, que tem valor apenas simbólico, mas porque essa mentalidade se reproduz em toda a vida nacional, com conseqüências reais.

No mês de julho, foram disputados os Jogos Olímpicos escolares: Química, Física, Matemática e Biologia. Das 142 medalhas de ouro distribuídas nessas competições, o Brasil ganhou... zero.

Não temos apenas carências materiais a nos complicar a vida: temos uma cultura que abomina a competitividade, desconfia dos vitoriosos e simpatiza com os fracassados. Quando o nadador César Cielo, não por acaso treinado nos EUA, declarou que iria em busca do ouro, o desconforto dos comentaristas televisivos foi audível: muita saliva gasta para deixar bem claro que se tratava de "autoconfiança" e não "arrogância". Porque melhor um bronze humilde do que um ouro arrogante! Se Michael Phelps tivesse nascido no Brasil, seria provavelmente exilado ao declarar a intenção de bater o recorde de medalhas em uma Olimpíada. Só num país de perdedores uma classificação para final olímpica é vista como "garantia de prata", e não uma chance de 50% de ouro. Só no Brasil se ouvem atletas dizendo que o bronze valeu ouro, só aqui se vê um chororô constante e público de favoritos que foram vencidos por seus nervos. Só aqui um atleta como Diego Hypólito, depois de cair sentado em sua competição e ainda ter a pachorra de culpar os céus ("Deus não quis. Deus decidiu isso."), é recebido com festa e escola de samba. Nós nos preocupamos mais em ser campeões morais do que campeões de fato. Valorizamos o esforço mais do que o resultado. Acreditamos que o sofrimento do percurso redime o fracasso da chegada, ao contrário dos países que dão certo, em que o sucesso do resultado é que redime o sofrimento do percurso.

As desigualdades que se acentuaram ao longo de governos autoritários parecem ter originado a idéia estapafúrdia de que, em uma democracia, os cidadãos devem ser iguais. Não tratados da mesma maneira: pelo contrário, tratados de maneira desigual, para que no resultado final se estabeleça a igualdade. Como é impossível elevar todos aos píncaros da glória, já que as aptidões individuais são diferentes, o objetivo passa a ser a mediocrização total. Por isso a palavra-chave dos tempos que correm é a "inclusão", e não o "mérito": para trazer todos à média, é preciso focar a atenção nos deficientes e ignorar – quando não reprimir – os talentosos.

Esse é sem dúvida um traço cultural, difuso, do brasileiro. Mas não há dúvida quanto ao locus no qual essa mentalidade é mais amplamente difundida e inculcada: a nossa escola. Há leis sobre o acolhimento de crianças com deficiências físicas e mentais na sala de aula; há preocupação com a questão dos excluídos no programa de livros didáticos do MEC, até da área de ciências. Mas não existe nenhuma preocupação oficial com a identificação e o desenvolvimento daquilo que o país tem de mais precioso: grandes mentes. Pelo contrário: quando esses esforços existem, normalmente vindos da iniciativa privada, são rechaçados pelos políticos dos mais diversos matizes. Quando uma ONG chamada Ismart, capitaneada por Marcel Telles, quis institucionalizar seu programa de bolsas a jovens talentos pobres de São Paulo, ouviu do então secretário estadual, Gabriel Chalita, que o instituto estava proibido de aplicar suas provas na rede estadual para descobrir os talentos e também de divulgar a iniciativa. Caberia à secretaria, com seus métodos e em privado, identificar os candidatos. Na secretaria municipal da gestão Marta Suplicy a recomendação foi mais direta: se havia uma preocupação com os alunos fora de série, por que não focar naqueles com síndrome de Down? Não é por acaso que o nosso censo escolar identifica míseros 2 553 alunos superdotados em um universo de 56 milhões de estudantes da educação básica: é preciso uma cegueira proposital para ver tão pouco.

A ojeriza à meritocracia em nossas escolas vem sob a desculpa de que a competitividade pode causar profundos danos à psique das crianças. Um sistema educacional como o chinês, em que os melhores alunos de cada sala são identificados publicamente – em algumas escolas, através do uso de lenços coloridos – e posteriormente transferidos às melhores escolas, desperta em nossos professores os seus instintos mais primitivos. Freqüentemente ouve-se que sistemas assim levam as crianças ao suicídio, depressão etc. É a senha para que criemos uma escola inclusiva, afetiva, que cria seres felizes e éticos. É uma empulhação sem tamanho. A literatura empírica educacional aponta o benefício de o aluno fazer dever de casa e ser avaliado constantemente, por exemplo. Práticas malvistas por nossos professores, porque supostamente significariam acabar com o componente lúdico da infância e, com certeza, roubariam o tempo lúdico do professor. Pior ainda: a suposta escola do afeto e da felicidade produz muito mais miséria, e por período bem mais longo de tempo, do que as agruras de um sistema meritocrático que premia o trabalho. O que é melhor: "sofrer" por algumas horas por dia na infância estudando com afinco e ter uma vida próspera e digna ou passar a juventude em brincadeiras e amargurar toda uma vida na humilhação do analfabetismo, do subemprego e da pobreza? Qual a sociedade que produz menos violência e infelicidade: aquelas em que os alunos brincam ou aquelas em que estudam?

Enquanto prepararmos a futura geração para que escolha entre o sucesso e a felicidade, o Brasil permanecerá sem os dois.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

BOSSA 50

Fotinhos da exposição Bossa 50, em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova, no pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera.... Eu, Dona Miriam, San e Sheila na área..... rsrs...... 24/08




CONCRETE JUNGLE PART II

Voltei ontem à noite de SP e só posso dizer que não há felicidade maior pra mim do que voltar pra terra que escolhí pra viver... a ilha de SC.... Floripa...

Vim do aerporto com os vidros do carro abertos, sentindo o cheiro maravilhoso do ar daqui... vendo o céu estrelado daqui... as pessoas bonitas e educadas.... as ruas limpas... mas principalmente, minha casa, tão amada e tão odiada tb, rsrs, mas porque isso faz parte... foram longos meses de construção e sofrimento.... agora já estamos saindo daqui, querendo voltar pra vida cosmopolita dos apartamentos... mas, mesmo assim, não há nada como o meu colchão, a minha ducha, o cheiro de verde da área de preservação daqui de volta, das cachoeiras.... tudo isso me faz forte e feliz... me faz sentir paz e gratidão..... e isso é muuuuito bom!!!!!!!!!

Mas sempre vou à SP feliz tb.... claro... minha cidade, onde vivi até os meus 24 anos e da onde tenho toooodas as minhas recordações de infância e adolescência... meus amigos antigos, minha família, meus lugares preferidos, tantas coisas.... mas hoje em dia SP tb é tanto barulho, tanta sujeira, tanta falta de gentileza, tanto caos, tanta exclusão... que me sinto feliz com essa minha nova relação com a cidade... a de turista.... rsrs.... e essa sim com o maior orgulho, indicando lugares, aproveitando o melhor da cidade nos poucos dias que passo por lá, umas 3x por ano, mais ou menos....

Well, well... dessa vez rolou expo Bossa 50 (com vídeos novos no meu espaço do YouTube), Nafuka (sempre divino) e a minha querida feirinha de domingo da Liba (com fotinhos aí embaixo)....



Aaaahhhhh, só queria falar um pouquinho de dois filmes gracinha, THE WILD HOGS e CARS. Vou deixar os vídeos aí embaixo e dois sonzinhos dos filmes tb.... Road Rock & and Country... bem como eu gosto!!!! :-P