sábado, 28 de janeiro de 2006

O Rush e o Sul..... hehe

Esses dias estava conversando com meu primo Marcos (outro desgarrado da família que se bandeou aqui pro Sul), e falamos do Rush.
Quando lembrei do Rush pensei em duas coisas.
Em como uma música deles chamada “Time stand still” é pra mim a mais perfeita tradução de viagens longas de carro com o Cacá.
Ele adora o Rush (como meu primo), e em muitas de nossas viagens escutávamos cds do Rush, mas principalmente, três de seus preferidos (e meus também): Counterparts, Roll the bones e Hold your fire. Este último, o álbum que tem a música Time stand still.
Vou deixar a letra aqui, e quem entender inglês perceberá o que estou falando. A letra fala da sensação de liberdade.
Sensação esta que pode ser tão bem percebida quando estamos perdidos por aí nas estradas.
Também fala de momentos mágicos e inesquecíveis que deveriam ser congelados no tempo e durar um pouco mais do que o previsto.
Que coisas boas passam rápido demais. Seria bom né?
Pois é, a outra coisa em que pensei é que foi esse mesmo álbum (Hold your fire) o meu primeiro contato com o Rush em forma de vinil, emprestado por quem? Por esse mesmo primo de quem estou falando, o Marcos. Isso lá atrás em 198?? (só Deus sabe!!!) hehehehehe
A música que mais me marcou desse álbum (na época) foi Second Nature, e era hilário quando cantarolava pro Cacá tentando fazer com que ele se lembrasse de qual música estava falando. Lógico que tivemos que comprar o cd para que isso acontecesse porque minha cantoria não é lá essas coisas.....

Bom, é isso aí.... So long!!!




R U S H
Time Stand Still

I turn my back to the wind
To catch my breath
Before I start off again.
Driven on without a moment to spend
To pass an evening with a drink and a friend

I let my skin get too thin
I'd like to pause
No matter what I pretend
Like some pilgrim
Who learns to transcend
Learns to live as if each step was the end

(Time stand still)
I'm not looking back
But I want to look around me now
(Time stand still)
See more of the people and the places that surround me now
Freeze this moment a little bit longer
Make each sensation a little bit stronger
Experience slips away
Experience slips away

I turn my face to the sun
Close my eyes
Let my defences down
All those wounds that I can't get unwound

I let my past go too fast
No time to pause
If I could slow it all down
Like some captain, whose ship runs aground
I can wait until the tide comes around

(Time stand still)
I'm not looking back
But I want to look around me now
(Time stand still)
See more of the people and the places that surround me now
Freeze this moment a little bit longer
Make each impression a little bit stronger
Freeze this motion a little bit longer
The innocence slips away
The innocence slips away...

Summer's going fast, nights growing colder
Children growing up, old friends growing older
Freeze this moment a little bit longer
Make each impression a little bit stronger
Experience slips away
Experience slips away...
The innocence slips away

domingo, 22 de janeiro de 2006

Do blog do Tas


Começo com um comentário do blog do Marcelo Tas sobre o show do U2 no Brasil. Reproduzo aqui o que ele disse no blog porque concordo. Concordo porque já fui a um show do U2 em SP em estádio e sei que é uma bosta mesmo. A gente não vê nada, só pelo telão, e olha que eu estava na numerada, opção mais cara antes da chamada "área vip", que tem preços impraticáveis para a maioria dos mortais.
Também porque o Bono posa mesmo de defensor dos "frascos e comprimidos" e depois enfia a faca legal nos "pobrezinhos do Brasil". Essa farra toda em volta do show, o pessoal se esfaqueando por causa dos ingressos. Detalhe: o mais barato custa quase R$ 200,00. Mas mesmo sabendo de tudo isso, ADORARIA ir ao show de novo. Preferiria que não fosse em estádio, mas principalmente depois que soube que quem vai abrir é o Franz Ferdinand, AI MEU DEUS!!!!! ADORO!!!!!!!!!!!!

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BONO VOX, O DUDA MENDONÇA DE SI MESMO Ele é sempre o primeirinho a aparecer nas tragédias e festinhas da ONU. Marketeiro de si mesmo, posa de defensor dos frascos e comprimidos. Madre Calcutá do rock, é figurinha fácil nos banquetes beneficentes em Paris e talk shows americanos falando mal do Bush... Mas na hora de fazer show no Brasil, enfia a faca nos bobocas do terceiro mundo que não se importam em pagar ingressos mais caros que os de Londres. Quem quiser ir ao Morumbi em São Paulo (uma experiência horrível, ver show no telão do estádio, músicos-formiguinhas no palco a dois kilômetros de distância) vai morrer em R$ 180 reais. Atenção: este é o ingresso mais barato! Tem gente que vai morrer em mais de 2 mil reais para ficar na "área VIP"!

Bono pensa que a gente é bobo. Devemos ser mesmo. Pra mim, a legenda da foto do show já tá pronta: Bono e a multidão de bobos.


PS1: Tem supermercado, operadoras de celular, de banda larga, mais o escambau PATROCINANDO o show.
Das duas uma: ou tem gente levando muito dinheiro dos bobocas que se conformam em pagar esse preço absurdo. Ou tem gente levando grana dos bobocas que se conformam em morrer com essa grana.

PS2: Grande comentário do Paulo, do ACAMPAMENTO: não é U-2; é TU-TWO!

sábado, 14 de janeiro de 2006

COLDPLAY





COLDPLAY
Speed Of Sound

How long before I get in?
Before it starts, before I begin?
How long before you decide?
Before I know what it feels like?
Where To, where do I go?
If you never try, then you'll never know.
How long do I have to climb,
Up on the side of this mountain of mine?

Look up, I look up at night,
Planets are moving at the speed of light.
Climb up, up in the trees,
every chance that you get,
is a chance you seize.
How long am I gonna stand,
with my head stuck under the sand?
I'll start before I can stop,
before I see things the right way up.

All that noise, and all that sound,
All those places I got found.
And birds go flying at the speed of sound,
to show you how it all began.
Birds came flying from the underground,
if you could see it then you'd understand?

Ideas that you'll never find,
All the inventors could never design.
The buildings that you put up,
Japan and China all lit up.
The sign that I couldn't read,
or a light that I couldn't see,
some things you have to believe,
but others are puzzles, puzzling me.

All that noise, and all that sound,
All those places I got found.
And birds go flying at the speed of sound,
to show you how it all began.
Birds came flying from the underground,
if you could see it then you'd understand,
ah when you see it then you'll understand?

All those signs, I knew what they meant.
Some things you can invent.
Some get made, and some get sent,
Ooh?
Birds go flying at the speed of sound,
to show you how it all began.
Birds came flying from the underground,
if you could see it then you'd understand,
ah, when you see it then you'll understand?

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

Danuza Leão, SP e o verão......

Estou de férias. Férias da facu, do trabalho, dos problemas da casa (nem tanto). Morar em Floripa é quase sempre como estar de férias. Podemos nos dar ao luxo de pedalar no calçadão da Beira Mar a qualquer hora e ir à praia num dia de semana maravilhoso, 30 graus na sombra.

Mas estou voltando de São Paulo, e pra falar a verdade, sempre que volto de lá deixo um pedacinho meu. Nasci lá e sempre gostei do ritmo e do jeitão da cidade. Do lugar onde nascí, ZL, nem tanto, mas têm alguns lugares que me encantam. O parque do Ibirapuera, onde assisti a tantos shows (na faixa), a região da Paulista, onde sempre ficava perambulando quando não tinha pra onde ir. Lá sempre tinha um cinema daqueles (como o Astor 1 do Conjunto Nacional que pelo o que percebi fechou), o MacDonalds da mansão cor de rosa (que eu adorava), aquelas igrejinhas antigas e lindas, as lojas de vinil , como a maravilhosa London Calling (ai, que horror, sou do tempo do vinil!!). Adoro também toda a região da Liberdade, a feirinha (tempurá!!), as lojinhas com aquelas coisas diferentes. Quanto aos shoppings (que eu adoro, tenho que confessar), tenho dois preferidos. O Anália Franco, que é o melhor da região mais próxima à casa da minha mãe, onde tem o maravilhoso Outback Steakhouse, e o Center Norte, onde tem de tudo e mais um pouco, sem contar minhas deliciosas memórias de infância naquele cinema onde vi "De volta para o futuro I" (e fiquei maravilhada), e no Viena, onde comíamos aquela taça enoooooorme.

Fico triste de assistir a decadência cada vez maior a cada vez que volto, e pensar que infelizmente são raras as chances de que aquilo volte a funcionar um dia, mas também percebo que sou muito cosmopolita, que amo o movimento, as coisas abertas 24h e os serviços rápidos e eficientes. É, nada é perfeito mesmo.....

Mas como estou muito feliz de estar em casa, e o Natal com meus pais foi divertidíssimo (graças ao videokê do nosso grande amigo Lee), quero deixar uma letrinha em homenagem à minha grande cidade natal (vídeo raro da TV Cultura, com Gastão [MTV] e a banda 365) - e também um texto da Danuza Leão. Sabe, quando li Danuza pela primeira vez achei-a um pouco amarga, não gostei. Depois li mais e mais e hoje adoro. Estou terminando seu último livro, sua autobiografia chamada "Quase tudo". É muito bom. Danuza esteve em todos os lugares, conheceu todas as pessoas, enfim, viveu plenamente. E ainda vive. Gosto muito dela. Esse texto fala da mulher, em como nós sofremos para sermos tudo o que esperam de nós. Não é fácil!!!

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Danuza Leão - Mulher

Quantas mentiras nos contaram...
Tantas que a gente bem cedo começa
a se achar culpada por ser incompetente
e sem condições de fazer da vida uma sucessão de vitórias
e felicidades.
Uma das mentiras foi que nós, mulheres,
podemos conciliar perfeitamente as funções
de mãe, esposa, companheira e amante,
e ainda por cima ter uma carreira profissional brilhante.
É muito simples: não é sempre que podemos...
Quando você se dedica de corpo e alma a seu filho recém-nascido,
que na hora certa de mamar dorme e que à noite,
quando devia estar dormindo, chora com fome,
não consegue estar bem sexy quando o marido chega,
para cumprir um dos papéis considerados obrigatórios
na trajetória de uma mulher moderna: a de amante.
Aliás, nem a de companheira;
quem vai conseguir trocar uma idéia
sobre a poluição da Baía de Guanabara se saiu do trabalho
e passou no supermercado rapidinho para comprar uma massa
e um molho pronto para resolver o jantar,
e ainda por cima está deprimida porque não teve tempo
de fazer uma escova ?
Mas as revistas femininas estão aí,
querendo convencer as mulheres e os maridos
de que um peixinho com ervas no forno
com uma batatinha cozida al dente,
acompanhado por uma salada
e um vinhozinho branco é facílimo de fazer,
sem esquecer as flores e as velas acesas é claro
e com isso o casamento continuará tendo
aquele toque de glamour fundamental para que dure
por muitos e muitos anos.
Ah, quanta mentira.
Outra grande, diz respeito à mulher que trabalha.
No começo, ela até tenta se vestir com capricho,
usar sapato de salto e estar sempre maquiada,
mas cedo se vão as ilusões.
Entre em qualquer local de trabalho pelas 4 da tarde
e vai ver um bando de mulheres maltratadas,
com o cabelo horrendo, a cara lavada,
e sem um pingo do glamour - aquele - das executivas da Madison.
Dizem que o trabalho enobrece, o que pode até ser verdade.
Mas ele também envelhece, destrói e enruga a pele,
e quando se percebe a guerra já está perdida.
Não adianta: uma mulher glamurosa
e pronta a fazer todos os charmes,
aqueles que enlouquecem os homens,
precisa fundamentalmente de duas coisas: tempo e dinheiro.
Tempo para hidratar os cabelos,
lembrar de tomar seus 37 radicais livres,
tempo para a hidroginástica,
para ter uma massagista tailandesa
e um acupunturista que a relaxe;
tempo para fazer musculação, alongamento,
comprar uma sandália nova para o verão, fazer as unhas,
depilação; e dinheiro para tudo isso
e ainda para pagar uma excelente empregada.
É muito interessante a imagem da mulher
que depois do expediente vai ao toalete
- uma toalete cuja luz é insuportavelmente branca e fria,
retoca a maquiagem, coloca os brincos,
põe a meia preta que está na bolsa desde de manhã e vai,
alegremente, para uma happy hour.
Aliás, se as empresas trocassem a iluminação de seus elevadores
e de seus banheiros por lâmpadas âmbar,
os índices de produtividade iriam ao infinito;
não há auto-estima feminina que resista
quando elas se olham nos espelhos desses recintos.
Felizes são as mulheres que têm cinco minutos - só cinco
- para decidir a roupa que vão usar no trabalho;
na luta contra o relógio o uniforme termina sendo preto ou bege,
para que tudo combine sem que um só minuto seja perdido.
Mas têm outras, com filhos já crescidos:
essas, quando chegam em casa,
têm que conversar com as crianças,
perguntar como foi o dia na escola,
procurar entender por que elas estão agressivas,
por que o rendimento escolar está baixo.
E ainda têm outras que, com ou sem filhos,
ainda têm um namorado que apronta,
e sem o qual elas acham que não conseguem viver
(segundo um conhecedor da alma humana,
só existem três coisas sem as quais não se pode viver: ar, água e pão). Convenhamos que é difícil ser uma mulher de verdade;
impossível para muitas, eu diria...